O que pode ser mais atual do que isso?
Primeiro Exercício de Multidão
Há que continuarmos
cantando as alheias dores
apesar do cansaço, apesar de tudo,
Para que continue
nascendo a esperança,
que emerge tímida
na estreita haste das limitações humanas.
Pois se não cantarmos mais,
o homem comum
não a perceberá,
para poder repetí-la
de homem em homem comum,
até que possa chegar a todos
a palavra em feitura de multidão.
Porque a multidão sim,
é quem decide e modifica
a dor, que tantos sofrem
e que é causada por tão poucos
A dor assim,
fácil de ser por muitos derrubada.
Poesia de Joaquim Luís Duval
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